quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS


Hoje faz um mês que o escritor Bartolomeu Campos de Queirós morreu... Não, não morreu. Vive e viverá para sempre em seus livros, em seus personagens. E, principalmente, nos corações dos leitores.

Transcrevo aqui o que disse o escritor Leo Cunha, muito acertadamente: Assim como um de seus personagens, Pedro, o Bartô foi embora cheio de domingo. Mas os livros ficam pra todos os dias.


Infelizmente não o conheci pessoalmente. Por isso, não pude agradecê-lo direito. Agradeci, claro, mas apenas por carta, por e-mail. Minha vontade mesmo era ter conversado com o Bartô, olho no olho. Para dizer o quanto seu gesto generoso foi importante para mim... Explico:

Recebi pelo correio, duas vezes, um envelope cheio de carinho. Li o remente e quase não acreditei. Abri e li o cartão, caprichosamente manuscrito, e fiquei muito, muito comovida. Chego a sentir agora, novamente, a emoção. A primeira vez foi em maio de 2008. Ele me escreveu depois de ter lido meu livro "Coisa boa". Um trecho do cartão diz assim:

Sônia, 
(...)
Coisa boa é um livro cheio de poemas bonitos, feito para criança, mas capaz de embalar coração de adulto. Coisa boa é um livro que vai enriquecer a literatura infantil do país, pela qualidade do texto e beleza gráfica. (...)
Um abraço,
Bartolomeu Queirós 
  
A segunda vez foi em agosto de 2009. Novamente ele comentou, com generosidade, um livro meu. Desta vez,  "O segredo da xícara cor de nuvem". Escreveu assim:

Sônia, amiga minha.
Gosto de arroz-doce. É um doce delicado, com sabor macio, leveza de nuvem, e faz bem para quem acredita que é preciso alimentar a alma.
Assim foi seu livro. Li e fiquei querendo mais, como se raspando a xícara de arroz-doce. Muito obrigado, mais uma vez, e muita alegria sempre para continuar nos devolvendo a infância de maneira tão lúdica, inventiva e doce. 
Abraços do
Bartolomeu Queirós



Meu muito obrigada, Bartô.